Maria

1 comentário:

Anónimo disse...

No México diz-se que as mulheres têm a luz da vida e que essa luz reside não tanto nos olhos nem no coração, mas nas profundezas do corpo. Quanto a mim, a luz da vida está explicitamente nas crianças que riem e se expandem para o alto como se estivessem a expandir as mágoas e a aliviar o peso do mundo. E se os olhos são o espelho da alma, como sempre se ouviu dizer, se os índios fugiam das fotografias por sentirem instintivamente que a alma lhes poderia ser roubada, parece que a da Princesa escapa sempre ou para os lados, ou neste caso, voa para cima, deixando ainda assim, aquela sensação de frescura espalhada. Na minha visão meramente espontânea, criativa e subjectiva do que vejo, esta imagem parece dizer assim:

Para que a noite mantenha a sua beleza profunda, um silêncio hirto, digno, tem que haver uma brecha de expansão e de riso. Depois é a mesma lógica da tempestade e da bonança e da vida normal que se leva mais leve a seguir ao Carnaval.

Está clarinha!