Maria

3 comentários:

Anónimo disse...

1.
Bem…O comentário é um grande sorriso que afastou num só golpe as minhas mágoas!

Hoje pensei em ti e dizia para mim mesma que bem podias aparecer com mais um número da Primavera.E olha, aí está! Consigo mesmo sentir a frescura! Tão pequenina que ficou e ao mesmo tempo tão suprema, como sempre!

Espera... Ainda estou aqui a ver outra cena na minha memória... Aquele cão, o gato, também fotografados assim ao longe,com todo o cenário à volta.A menina também ficou ao longe, nua como a natureza que a envolve, meio confundida, mas tão preciosa! O cão e o gato pareciam mais tristes e enfiados. Espera... Deixa-me ir à procura do cão para ver se isto se confirma...Sim, parecem mais sós e meio estranhos ao todo.São também preciosos, mas ainda não se deram conta da sua grandeza.Maria deve saber que é uma pérola ou diamante mas sem aquela consciência e o convencimento que nos pesa e nos faz vestir!

2.

Ela é tão grandiosa que se confunde com a imensidão de todos os grãos de areia da praia ao mesmo tempo que se destaca. Está portanto interessante este modo de dizeres as coisas grandes! Com isto tudo veio-me à memória... Talvez passe ainda por aí.

Anónimo disse...

Só uma correcção:

O cão e o gato não são propriamente estranhos ao todo que os envolve, mas... estão mais sós, não estão tão integrados... Esquece lá a minha conversinha. Não sei dizer... pelo menos agora.Só sinto.

Anónimo disse...

"As horas da sua infância não as esquece o pobre tolo. Elas também o não esquecem. Enamoram-se da sua figura minguante e luarenta de melancolias misteriosas. (…) Batem-lhe à porta, de noite; a porta abre-se e elas entram acompanhadas do luar. Não lhe concedem um minuto de repouso! Cercam-lhe o leito aqueles perfis que se iluminam vagamente e lhe murmuram mil segredos. Vive no meio de vozes que lhe falam, mas não as compreende. São confusas, distantes; uma nuvem musical que se condensa em lágrimas espectrais … ( in O pobre Tolo).