Desculpa. Troquei o "u" por o "m". É frequente! Sendo assim, "o teu dom".
O teu dom talvez o tenha inventado, mas assemelha-se a uma vida ténue que subsiste ao apagão, ou a uma estranha doçura que existe na morte. Uma fragilidade com algum encanto. É uma sensação semelhante à de ver um animal feroz a cuidar carinhosamente da sua cria, por exemplo. É este tipo de contraste que devias explorar mais. Mas nem sempre está presente. Nem todas as fotografias têm isto. Como se existisse uma linha ténue e pulsante, que com facilidade se perde. Podia mesmo dar-te exemplos através de fotografias tuas. No fundo, andei a dizer sempre isto mas de outras formas que pessoalmente me agradam mais.(Quase nunca me agrada ser muito explicativa.) Esta série ainda tem isto...Mas admito que só eu o veja!Trata-se de uma estranha, esquisita "beleza" que se encontra quando juntas "cantiga" (que parece invocar a alegria ) e "lágrima" (que se associa a tristeza). Mas não é propriamente pelo título que a série me fascinou! Oxalá que não percas isto, pois há fotografias dos últimos tempos de que não gostei especialmente. Demasiado desmaiadas ou demasiado "certinhas", e tudo o que é demasiado coerente ou demasiado confuso aborrece. Talvez andes agora mais assumido! Um exemplo da tendência dos últimos tempos é " Fé V2.0" ou "Sevilha" a 7 de Maio. Mas admito, repito, que só eu veja isto e que tudo tenha unicamente a ver com os meus estados subjectivos. Mas se há um espaço de comentários... ou de fotografias de outras fotografias...talvez me seja permitido expressa-lo sem qualquer desprimor.
Repara: Os estados mais exaltados são sempre ambíguos e as palavras quase nunca os conseguem expressar. Há uma definição de Deus, que me arrepiou a pele: " Deus é uma treva mais que luminosa". Toda a conversa das religiões é uma seca e quando falam de Deus como luz, amor, pai e criador do universo, nada sinto. Portanto, creio que devias explorar mais a ambiguidade. Mas não ligues muito ao que digo, só estou a inventar e tenho pouca cultura fotográfica, um dos motivos é porque não quero sentir-me enredada ou demasiado estabilizada em influencias, embora se diga que a fotografia se aprende vendo muitas exposições e livros de fotografia. Não deixo de concordar.
Eu sei que actualmente há uma tendência em fotografar os restos, o esqueleto da euforia, o fim do espectáculo, o que o tempo corroeu, da mesma forma que há uma tendência em usar um brinco diferente em cada orelha, o cabelo um tanto selvagem ou algum rasgão na roupa. Há muitos a sentirem-se fascinados por essa temática e até a fazerem-no bem, mas o teu dom é aquela forma como tu o fazes e mais ninguém o faz desse modo, mesmo que sejam igualmente fascinado pelo mesmo, e que parece deixar transparecer uma certa autenticidade. Mas não morras demais! Tu sabes que a luz em excesso nunca te irá ofuscar e nunca serás um fotógrafo do "momento decisivo"!
Estiquei-me. Paciência. Hoje tive vontade de fazer este papel. Falar como uma pessoa segura e explicativa! Mas é só uma representação.
Fiquei indecisa entre escrever tanto a responder apenas assim:
O teu dom? É quando o Inverno é menos frio que o Verão.
Por vezes sinto uma enorme curiosidade em ver como fotografarias uma festa, por exemplo. Talvez fosse tão encantador como quando fotografaste a Primavera! E talvez aí também estivesses a aprofundar o que persegues.
3 comentários:
Esta série encanta-me! Começando, passando ou terminando no/pelo titulo. Aliás... não sei se será bem este o termo.
Há um contraste interessante. Devias explorar mais o tem dom. Mas será que já o percebeste?
"O tem dom"?
Ou "tem dó" ou "o teu dom"... "Tem dó" não encaixa. "dom"?
Talvez não o tenha mesmo percebido. É qual?
Desculpa. Troquei o "u" por o "m". É frequente! Sendo assim, "o teu dom".
O teu dom talvez o tenha inventado, mas assemelha-se a uma vida ténue que subsiste ao apagão, ou a uma estranha doçura que existe na morte. Uma fragilidade com algum encanto. É uma sensação semelhante à de ver um animal feroz a cuidar carinhosamente da sua cria, por exemplo. É este tipo de contraste que devias explorar mais. Mas nem sempre está presente. Nem todas as fotografias têm isto. Como se existisse uma linha ténue e pulsante, que com facilidade se perde. Podia mesmo dar-te exemplos através de fotografias tuas. No fundo, andei a dizer sempre isto mas de outras formas que pessoalmente me agradam mais.(Quase nunca me agrada ser muito explicativa.) Esta série ainda tem isto...Mas admito que só eu o veja!Trata-se de uma estranha, esquisita "beleza" que se encontra quando juntas "cantiga" (que parece invocar a alegria ) e "lágrima" (que se associa a tristeza). Mas não é propriamente pelo título que a série me fascinou! Oxalá que não percas isto, pois há fotografias dos últimos tempos de que não gostei especialmente. Demasiado desmaiadas ou demasiado "certinhas", e tudo o que é demasiado coerente ou demasiado confuso aborrece. Talvez andes agora mais assumido! Um exemplo da tendência dos últimos tempos é " Fé V2.0" ou "Sevilha" a 7 de Maio. Mas admito, repito, que só eu veja isto e que tudo tenha unicamente a ver com os meus estados subjectivos. Mas se há um espaço de comentários... ou de fotografias de outras fotografias...talvez me seja permitido expressa-lo sem qualquer desprimor.
Repara:
Os estados mais exaltados são sempre ambíguos e as palavras quase nunca os conseguem expressar. Há uma definição de Deus, que me arrepiou a pele: " Deus é uma treva mais que luminosa". Toda a conversa das religiões é uma seca e quando falam de Deus como luz, amor, pai e criador do universo, nada sinto. Portanto, creio que devias explorar mais a ambiguidade. Mas não ligues muito ao que digo, só estou a inventar e tenho pouca cultura fotográfica, um dos motivos é porque não quero sentir-me enredada ou demasiado estabilizada em influencias, embora se diga que a fotografia se aprende vendo muitas exposições e livros de fotografia. Não deixo de concordar.
Eu sei que actualmente há uma tendência em fotografar os restos, o esqueleto da euforia, o fim do espectáculo, o que o tempo corroeu, da mesma forma que há uma tendência em usar um brinco diferente em cada orelha, o cabelo um tanto selvagem ou algum rasgão na roupa. Há muitos a sentirem-se fascinados por essa temática e até a fazerem-no bem, mas o teu dom é aquela forma como tu o fazes e mais ninguém o faz desse modo, mesmo que sejam igualmente fascinado pelo mesmo, e que parece deixar transparecer uma certa autenticidade. Mas não morras demais! Tu sabes que a luz em excesso nunca te irá ofuscar e nunca serás um fotógrafo do "momento decisivo"!
Estiquei-me. Paciência. Hoje tive vontade de fazer este papel.
Falar como uma pessoa segura e explicativa! Mas é só uma representação.
Fiquei indecisa entre escrever tanto a responder apenas assim:
O teu dom?
É quando o Inverno é menos frio que o Verão.
Por vezes sinto uma enorme curiosidade em ver como fotografarias uma festa, por exemplo. Talvez fosse tão encantador como quando fotografaste a Primavera! E talvez aí também estivesses a aprofundar o que persegues.
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